A chegada de turistas ao Espírito Santo marca o início da movimentação intensa em torno da Festa da Penha, uma das celebrações religiosas mais tradicionais do estado. Entre os visitantes, está um casal vindo de Caruaru, em Pernambuco, encantado com a beleza da região e motivado pela fé católica.
“Vou divulgar muito a cidade, que é muito bonita, muito linda, tudo de bom aqui”, disse Marco Antônio de Miranda, um turista que veio de Pernambuco. Acompanhado da esposa Iracilda de Miranda, o casal destacou o significado especial da visita, já que ambos são devotos e participam com entusiasmo da programação religiosa.
Na entrada do Convento da Penha, a guia de turismo Paula Alves ressalta a importância desse período para o setor. “É uma rica experiência. A cada ano, a Festa da Penha nos surpreende pela quantidade de visitantes e pela fé demonstrada nas procissões, romarias, novenas e missas”, afirmou.
Além da fé, o evento também aquece a economia local. Sidneia Sampaio, que mantém uma loja há 35 anos na entrada do convento, comemora o aumento nas vendas. Segundo ela, o movimento cresce cerca de 50% nesse período. “Não tenho o que reclamar, está muito bom, bastante gente. A procura é grande”, contou.
Já Patrícia Andrade, vendedora que trabalha próximo ao acesso ao convento, também confirma o bom momento para o comércio. “É um mês muito bom, com bastante turismo, e as vendas têm aumentado bastante, principalmente de lembranças da cidade”, destacou.
Quem também aproveita a festa para garantir uma renda extra é Luíza Cristina Fernandes, que vende água de coco. Ela celebra a oportunidade de ganhos para todos que atuam no entorno da festa. “Ajuda todo mundo. É um momento em que todos ganham um pouquinho: o vendedor, o lojista, o catador de latinha, todo mundo sai ganhando”, disse.
Com uma programação extensa, a edição deste ano da Festa da Penha conta com mais de 50 missas e 14 romarias. Entre os destaques está a tradicional Romaria dos Homens, realizada neste sábado, que tem se consolidado como a romaria da família devido à grande participação popular.
Diante do fluxo intenso de fiéis e turistas, quem trabalha no comércio busca estratégias para atrair os clientes. “Deixo o cliente à vontade e conto a nossa história. A lojinha é colaborativa, com produtos de vários artesãos, e cada um tem sua atividade representada aqui”, explicou a comerciante Miriam Maria.
Enquanto a fé une os devotos no alto do convento, o comércio na parte baixa se prepara para dias de muito movimento e boas vendas, embalados pela tradição e pela esperança renovada.
