Vitória é conhecida por suas deslumbrantes belezas naturais, praias encantadoras e parques que se estendem por toda a sua extensão. Já a diversidade cultural da capital se manifesta de maneira intensa por meio de tradições a torta capixaba, as paneleiras e o congo.
Fundada em 8 de setembro de 1551, integrante da lista das dez primeiras cidades do Brasil, Vitória passou por diversos ciclos de transformação. De acordo com o historiador Fernando Achiamé, existem três momentos chave na história da capital que explicam a construção econômica e cultural da cidade:
Vila do Açúcar – “Nos três primeiros séculos, de 1550 a 1850, Vitória era uma pequena ‘Vila do Açúcar’, que cresceu aos poucos, com casario erguido com pedra e cal e muita madeira e paredes de estuque. Tinha naquele produto a sua principal fonte de renda e comércio.”
Cidade do Café – “Entre os séculos XIX e XX, acontece o desenvolvimento da indústria cafeeira e o crescimento e consolidação dos complexos industriais no município.”
Indústrias – “A partir dos anos 1970, Vitória se transforma aos poucos em ‘Metrópole Industrial’, por ser o centro da Região Metropolitana chamada de Grande Vitória, que conta com importantes complexos industriais e forte comércio.”
Capixaba:
Quem nasce em Vitória é vitoriense. Contudo, o termo “capixaba” passou a ser empregado para quem nasce ou mora no Espírito Santo.
Hoje, Vitória é conhecida por sua hospitalidade, uma característica cultural persistente em sua história. “O acolhimento se acentuou, especialmente a partir dos anos 1940, quando a cidade começou a receber brasileiros de todas as regiões e estrangeiros que vieram trabalhar em empresas como a Companhia Vale, ArcelorMittal e Fibra”. Disse Achiamé.
A cidade é caracterizada pela diversidade cultural, enriquecida pelas contribuições de diferentes grupos étnicos ao longo de sua história. “A diversidade presente na vida cotidiana da nossa cidade, tem origem nas contribuições dos indígenas, portugueses, africanos, italianos, alemães, árabes e povos de outras etnias que aqui se estabeleceram.”, concluiu Fernando Achiamé.
Evolução:
A população de Vitória evoluiu, com comerciantes, servidores públicos e trabalhadores industriais. A cidade manteve seu traçado colonial até o início do século XX, quando foram produzidas mudanças urbanas e o perfil do território foi alterado por grandes aterros e obras viárias. Apesar dessas grandes transformações a área central conservou um grande acervo cultural, com patrimônios datados dos séculos XVI ao XX, por meios dos quais a memória da sociedade capixaba encontra grande parte de sua história.
A cidade ocupa uma área de 93,38 km² e conta com 51 pontos turísticos e culturais, como: Igreja Nossa Senhora do Rosário, Museu Capixaba do Negro, Catedral Metropolitana de Vitória, Basílica de Santo Antônio, entre outros.
Fernando Achiamé:
Arquivista, historiador, pesquisador-associado do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Literatura do Espírito Santo – Neples/Ufese membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. É pós-graduado em Arquivologia e mestre em História Social das Relações Políticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).