Um estudo feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (Fecomercio-SP) revela um dado não muito satisfatório para o capixaba. Vitória, assim como Porto Alegre, estão entre as cidades onde possuem o maior percentual de endividamento. O estudo foi realizado com 18 mil famílias nas 27 capitais do país onde revelou que as duas capitais lideram o ranking: 9 a cada 10 famílias estão com dívidas.
O estudo considera não apenas àquelas pessoas que possuem alguma dívida e pagam regularmente suas parcelas, mas também quem já está inadimplente, ou seja, àquelas que estão em débito e possuem o CPF registrado em algum órgão de proteção ao crédito (SPC ou Serasa).
O levantamento feito pela mesma pesquisa também mostra que 77% das famílias brasileiras possuem dívidas como faturas em aberto e financiamento de algum imóvel, o que mostra que 1,45 milhão de famílias assumiram dívidas nos últimos dois anos.
Entre as capitais que possuem o maior número de pessoas com contas em aberto está São Paulo com 2.888.081; em seguida vem Rio de Janeiro com 2.028.143 pessoas; Distrito Federal com 765.823; Belo Horizonte com 744.993 e por último Fortaleza com 712.465 pessoas.
Já em termos de porcentagem, Porto Alegre e Vitória aparecem na frente, com 91% neste tipo de situação. Belo Horizonte, Boa Vista e Curitiba surgem logo em seguida com 90% cada; enquanto que Fortaleza aparece com 88%. Belém, 69%; Goiânia e Macapá, 68% cada; e Campo Grande e Salvador, com 66%.
Em comparação com o ano de 2022, o ano de 2024 apresentou um aumento de pessoas endividadas. Esse aumento foi registrado na cidade de Teresina, que passou de 61% para 86%; João Pessoa, de 78% para 87%; Porto Velho, de 72% para 84%; e Fortaleza, de 71% para 88%. O estudo também apresentou uma queda de pessoas com dívidas nas capitais Rio Branco, de 89% para 77%; São Paulo, de 75% para 68%; e Curitiba, de 95% para 90%.
“As condições macroeconômicas de cada estado e região, em que indicadores como inflação, juros e renda familiar criam circunstâncias distintas pelo país, e quanto maior o número de famílias convivendo com dívidas mais caro fica o crédito no mercado, elevando, como consequência, o risco de inadimplência, principalmente em um cenário de juros altos ou inflação pressionando o consumo”, informou a Fecomercio-SP por meio de nota.