Homenageando o acervo de indumentária histórica do MET, a exposição inaugurada em conjunto com o evento foi “Sleeping Beauties: Reawakening Fashion”, ou seja, peças de roupa da história da humanidade que vivem “adormecidas” e conservadas pelo instituto de Moda do Museu. Por se tratarem de itens muito sensíveis para serem expostas de forma comum, os curadores utilizaram da tecnologia para proporcionar uma experiência sensorial para os visitantes; o aroma de alguns pode ser sentido por dutos, outros têm suas texturas reproduzidas num painel para o tato e um dos vestidos mais antigos –que pode ser exposto apenas deitado – recebeu uma reprodução em holograma.

Cartaz da exposição e dois vestidos presentes na mostra (ambos Dior dos anos 40) – Via: Metmuseum.org
Unindo a celebração do passado com uma temática de natureza e flora, Anna Wintour, editora-chefe de Vogue e organizadora principal do Met Gala, se inspirou no conto infantil “The Garden of Time” (O Jardim do Tempo), que conta a história de um casal que possui um jardim encantado que, através da colheita de flores, conseguem voltar no tempo. A proposta servida aos convidados é unir o tempo e os elementos da natureza, seja por meio do uso de looks de acervo, como elementos como relógios e ampulhetas, a missão era celebrar o tempo da natureza; veja as escolhas dos mais bem vestidos da noite.
1- TYLA

Via: Vogue.com
A cantora sul-africana marcou sua primeira presença com um look que chocou os internautas: um vestido assinado por Balmain, finalizado com areia e finos cristais cobria o comprimento todo de seu corpo; para a cereja do bolo, carregou como bolsa uma ampulheta de vidro, representando as areias do tempo. O look foi a união perfeita entre a natureza e a passagem do tempo.
2- Lana del Rey

Via: Vogue.com – À direita, Alexander McQueen Haute Couture Outono/Inverno 2006
A cantora americana trouxe o tema de forma inusitada, Seán McGirr, o estilista que idealizou seu vestido, mesclou o tempo e a natureza de forma dramática e referencial; resgatando a silhueta de Alexander Mcqueen Outono/Inverno 2006, enlaçou um vestido de tule marrom com galhos secos e apodrecidos, contando a história de como as plantas se decompõem com o tempo. Além da interpretação única do tema proposto, a homenagem ao criador da maison Alexader Mcqueen tornou o look ainda mais especial e significativo.
3- Zendaya

Via: Vogue.com – À direita, Dior by John Galliano, Haute Couture 1999.
Apesar do look divisor de opiniões, a atriz americana Zendaya exibiu um mix de referências interessante que ganhou o coração de muitos historiadores da moda; seu vestido produzido pela Maison Margiela homenageia um dos mais importantes estilistas a passar pela Dior: John Galliano. Numa releitura de seu design para a grife em 1999, o look é uma interpretação sensual e feminina do Dionísio, o deus do vinho e das festas da mitologia grega. Além de trazer elementos do passado, as homenagens não se restringiram apenas à roupa: sua maquiagem e atitude no tapete verde das escadas do museu também são um ode ao último desfile de Margiela; a teatralidade em suas poses e olhar, marcante na passarela de alta-costura da Maison nessa última temporada de Primavera/Verão.

“O Diabo Veste Prada” (2006) – Tradução: “Florais? Para a primavera? Revolucionário”
Apesar do tema aparentemente fácil de se interpretar e muitas celebridades entrando no clima primaveril proposto por Anna Wintour, o holofote foi para quem extrapolou o óbvio e não apostou no seguro “flores para a primavera”.