A cidade de Vitória completou 1 ano e 4 meses sem registrar casos de feminicídio, um marco que reflete o trabalho integrado das forças de segurança e das políticas públicas voltadas à proteção das mulheres. A Guarda Municipal da capital tem papel fundamental nas ações preventivas e de monitoramento de vítimas com medidas protetivas.
Segundo a corporação, o patrulhamento é feito em locais onde já ocorreram casos de violência e inclui o acompanhamento de mulheres que utilizam o botão do pânico. “A gente sabe onde esse agressor trabalha, onde o filho estuda. Então tentamos prevenir para que nenhum índice e nenhuma instância da violência aconteça, principalmente o feminicídio”, explicou a comandante da Guarda Municipal de Vitória, Dayse Barbosa.
Os números comprovam o resultado do trabalho conjunto: queda de 67% nos feminicídios em 2024 e nenhum caso registrado em 2025. O último feminicídio na capital ocorreu em 8 de junho do ano passado, quando um pai foi acusado de matar a própria filha.
A integração entre diferentes setores da Prefeitura de Vitória tem sido essencial para os resultados positivos. A atuação conjunta entre a assistência social, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAS) e as forças de segurança garante que as vítimas sejam acompanhadas desde o primeiro atendimento até a fase de monitoramento.
Apesar dos avanços, o município ainda enfrenta desafios, especialmente na ampliação do efetivo. A previsão é que, até o fim do ano, a Guarda Municipal receba reforço no número de agentes, o que deve aumentar a presença nas ruas e reforçar a sensação de segurança.
Com ações permanentes e atenção constante, Vitória se consolida como referência no combate à violência contra a mulher no Espírito Santo, mostrando que a integração entre políticas públicas e segurança pode salvar vidas.
