A partir deste mês, os consumidores brasileiros passarão a pagar mais caro pela energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a mudança da bandeira tarifária de verde para amarela, o que representa um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
Na casa do comerciante José Heráclito Júnior, que já adotava medidas para economizar energia, a instalação recente de mais um aparelho de ar-condicionado agravou os custos. “Agora com o aumento da taxa para bandeira amarela vai prejudicar muito o orçamento, não se sabe aonde vai se mexer em relação à valores”, lamentou o comerciante. “É esperar a conta chegar e vê o que pode ser feito”.
Segundo o governo federal, a mudança foi motivada pela queda no nível dos reservatórios de água, consequência da estiagem durante o verão. A situação deve se agravar com a previsão de chuvas abaixo da média para o inverno, que começa no final de junho.
Com menos água nos reservatórios, o sistema elétrico nacional precisará recorrer com mais frequência às usinas termelétricas, que utilizam combustíveis como óleo diesel, gás e biodiesel — fontes mais caras e poluentes. Isso eleva os custos de produção de energia e, consequentemente, o valor repassado aos consumidores. “
A recomendação das autoridades é redobrar a atenção com o consumo e buscar hábitos mais sustentáveis dentro de casa, especialmente em tempos de reajuste tarifário.