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VÍDEO: Mais de 2 mil crianças adotadas foram devolvidas nos últimos anos no Brasil

Embora o número de adoções no Brasil tenha passado de 24 mil desde 2019, dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam um cenário preocupante: cerca de 2.200 crianças adotadas nesse período foram devolvidas ao sistema de acolhimento.

Embora o número de adoções no Brasil tenha passado de 24 mil desde 2019, dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam um cenário preocupante: cerca de 2.200 crianças adotadas nesse período foram devolvidas ao sistema de acolhimento.

O processo de adoção no país é longo e segue regras estabelecidas pelo CNJ. Após a habilitação dos candidatos, há a fase da convivência, que antecede a adoção definitiva e é justamente nessa etapa que a maioria das devoluções acontece. Especialistas apontam que perfis de adoção muito restritivos por parte dos adotantes e a quebra de expectativas podem ser fatores determinantes para o insucesso da adoção.

“Para evitar uma fila maior de adoção, com um perfil mais restrito, as pessoas podem flexibilizar para conseguir acelerar o seu andamento na fila e isso pode ter um efeito de potencial quebra de expectativas que pode gerar uma devolução”, disse o coordenador de pesquisa da CJN, Júlio Trecenti.

O impacto emocional desse rompimento é profundo. Muitas crianças, ainda em formação emocional, não compreendem os motivos da devolução. “Elas pensam: ‘eu fiz tudo certo, tomei banho, fui dormir quando mandaram’, mas mesmo assim foram deixadas para trás. Isso gera um sentimento de culpa e abandono”, explica uma psicóloga.

O levantamento é um alerta para a necessidade de preparação adequada dos adotantes e maior acompanhamento psicológico antes e durante o processo de adoção, garantindo o bem-estar das crianças e a efetividade dos lares adotivos.

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