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VÍDEO: Oropouche: Estudo quer identificar moléculas para a criação de testes e vacinas

Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) estão conduzindo um estudo inédito sobre o vírus Oropouche, uma doença transmitida pelo mosquito Maruim. O virologista Edson Delatorre faz parte da equipe responsável pela pesquisa, que tem como objetivo analisar pacientes infectados e identificar caminhos para o tratamento da doença. “Já realizamos uma série de investigações epidemiológicas para entender por que o Espírito Santo registrou um surto tão grande. Queremos descobrir como o vírus entrou no estado e por que ele se estabeleceu aqui”, explicou Edson.

Agora, o estudo avança para novas frentes de pesquisa, incluindo a análise dos fatores que podem levar a quadros graves e até óbitos. Segundo o virologista, há indícios de que gestantes infectadas possam apresentar complicações nos fetos, semelhante ao que ocorreu com o vírus Zika. “Estamos buscando marcadores que nos permitam identificar pessoas que seriam mais suscetíveis ou que teriam uma probabilidade maior de desenvolver formas graves da doença”, destacou o virologista.

Duas unidades, uma ligada à Secretaria de Estado da Saúde e outra à UFES, estão atuando no desenvolvimento de um possível tratamento para o Oropouche. Uma dessas unidades funciona no Núcleo de Doenças Infecciosas da universidade.

“Trabalhamos com o Oropouche desde o final do ano passado. Neste ano, recebemos apoio do governo do estado em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) e a Secretaria Estadual de Saúde para aprofundar as pesquisas”, afirmou Edson.

O virologista ressalta que, apesar dos avanços, ainda é cedo para prever a criação de testes rápidos ou vacinas para combater o vírus. “Qualquer processo de desenvolvimento da vacina, leva no mínimo de cinco à dez anos. É um caminho longo. E a nossa pesquisa abre portas para gente tentar o que chamamos de terapia. Nós estamos focados mais nisso, no desenvolvimento de terapias”, explicou.

Os principais sintomas do vírus Oropouche incluem febre e dores no corpo. A melhor forma de evitar a doença é manter os ambientes limpos, reduzindo a proliferação do mosquito transmissor.

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